Professora Ana Lúcia Severo Rodrigues, do PPG Bioquímica, é destaque na ciência brasileira

11/03/2020 15:16

A “Gênero e Número” – organização de mídia – criou o Open Box da Ciência, uma plataforma que identificou as 250 mulheres que protagonizam a pesquisa brasileira. Cinquenta dessas cientistas são das áreas de ciências biológicas, exatas e da terra, da saúde, sociais aplicadas e engenharias. Entre elas, destaca-se a professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ana Lúcia Severo Rodrigues.

A iniciativa contou com o apoio do Instituto Serrapilheira e extraiu dados da plataforma Lattes para criar um algoritmo capaz de pontuar as pesquisadoras a partir de critérios como a quantidade e impacto dos artigos publicados, prêmios recebidos, participação e organização de eventos científicos, entre outros.

Ao longo de sua carreira científica, totalmente desenvolvida no Brasil, a docente começou a estabelecer uma nova linha de pesquisa focada na Neurobiologia da Depressão, que busca compreender os mecanismos biológicos deste transtorno e o potencial de compostos endógenos e derivados de plantas com potenciais propriedades antidepressivas.

Dentre a sua produção científica, mais de 200 artigos em revistas internacionais, 12 capítulos de livros e cerca de 9.500 citações, demonstrando a relevância dos trabalhos para a área. Atualmente, ela é membro do Conselho da América Latina da International Behavioral Neuroscience Society, membro do corpo editorial do Journal of Psychiatric Research e atua como revisora em mais de 110 periódicos internacionais.

Entre os mais de 50 mestres e doutores supervisionados por Ana Lúcia, há pesquisadores que formaram grupos independentes e de pesquisa em diferentes instituições dentro e fora do Brasil, e professores de ensino superior. Desta forma, a professora teve um enorme impacto na formação científica e educacional, para fazer a diferença na ciência brasileira e internacional.

Atualmente, Ana Lúcia é bolsista de produtividade do CNPq nível 1B e seu grupo de pesquisa é formado por uma equipe multidisciplinar treinada em diferentes técnicas, como análise comportamental, expressão de proteínas e atividade enzimática, cultura celular e avaliação morfológica em modelos animais de estresse e depressão.

A Gênero e Número atua na interseção da pesquisa, do jornalismo de dados e do debate sobre gênero e direitos das mulheres.

Formação acadêmica

Mestre em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (UFRGS, 1987), e Doutora em Bioquímica pela Universidade Federal do Paraná, Curitiba (UFPR, 1996). Ingressou na UFSC em 1992 como docente do Departamento de Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Atualmente orienta estudantes de graduação e de pós-graduação em Neurociências e em Bioquímica.